Suspeito de estuprar e engravidar enteada de 13 anos, professor seguia dando aulas no Ceará

Por Jéssica Costa e Thatiany Nascimento 03/10/2020 - 10:43 hs

Um homem  que atuava como professor em Guaramiranga é suspeito de ter estuprado e engravidado a enteada uma adolescente que, à época, tinha 13 anos. O caso ocorreu no primeiro semestre deste ano. A vítima, agora com 14 anos, está grávida e o professor, mesmo com uma investigação aberta pela Polícia Civil contra ele desde o dia 10 de agosto, seguia dando aula remota na rede municipal de Guaramiranga até a última segunda-feira (28).   Ele permaneceu como professor da rede municipal da cidade até o dia 1 de outubro.

Relato de parente da vítima aponta que o suspeito era namorado da mãe da adolescente há mais de um ano. Morador da cidade vizinha, Mulungu, ele almoçava diariamente na casa da vítima em Guaramiranga. Conforme relato da família,o crime teria ocorrido em março, em uma ocasião que o suspeito ficou sozinho com a adolescente e a levou até Mulungu sob a afirmativa que iria em casa buscar um calçado e depois a conduziria até a residência em Guaramiranga. 

A família conta que a vítima mudou de comportamento mas, à época, não teve coragem de denunciar o caso. Em agosto, a familiar notou que a adolescente estava usando roupas mais frouxas e então decidiu fazer um teste de gravidez. Com o resultado positivo, a vítima relatou a violência sofrida e afirmou ainda que o suspeito ameaçou incendiar a casa da família caso ela contasse sobre o estupro. O Conselho Tutelar foi acionado e deu prosseguimento encaminhando a ocorrência à Polícia Civil.  

De acordo com a Polícia Civil, a Delegacia Municipal de Guaramiranga concluiu o inquérito policial sobre o caso de estupro de vulnerável ocorrido em Mulungu. A ocorrência, diz a nota, foi informada às autoridades policiais no dia 10 de agosto. No dia 11, a Polícia instaurou um inquérito policial por portaria. Conforme a família, após a denúncia, o suspeito desapareceu. 

Conforme a Polícia Civil, o suspeito está com um mandado de prisão preventiva em aberto e foi indiciado por estupro de vulnerável. Ele continua sendo procurado pelas autoridades policiais. Contudo, relatos dão conta que o professor continuava dando aulas remotas até o dia 28 de setembro. Ele enviava vídeos com gravações de aulas a serem exibidas para os alunos da rede municipal. O caso ganhou repercussão na cidade e os pais de alunos começaram a pressionar a Secretaria da Educação de Guaramiranga para afastar o professor.

Afastamento 

Em nota, a Secretaria da Educação do município comunicou que “tomou ciência no dia 1º de agosto do possível envolvimento de um professor temporário da Rede Municipal, na prática de crime no âmbito familiar”. Segundo o documento, a pasta, “imediatamente tomou providências no sentido de afastar o servidor de suas funções e deflagrou o processo administrativo para fins de rescisão do contrato do mesmo”.

A Secretaria garante ainda que fez a retirada imediata do professor dos grupos de whatsapp que ele participava, junto com os estudantes e coordenadores pedagógicos. O órgão municipal diz que está “à total disposição para contribuir com as autoridades competentes, ao passo que reafirmamos a total solidariedade e apoio à vítima, bem como a sua família”.

DN