Atendimento por síndrome gripal nos postos de saúde de Fortaleza dobra entre fevereiro e março

Por G1 CE 08/04/2021 - 10:23 hs
Foto: Fabiane de Paula/SVM
Atendimento por síndrome gripal nos postos de saúde de Fortaleza dobra entre fevereiro e março
Idosos esperando vacinação em posto de saúde de Fortaleza

O atendimento por síndrome gripal nos postos de saúde de Fortaleza mais que dobrou de fevereiro para março. De acordo com a plataforma IntegraSUS, da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), em fevereiro, foram 20.549 mil pacientes e em março, saltou para 45.473.

No entanto, a mesma demanda nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) se manteve estável. Nas UPAs, o que se observa é uma estabilização nesta procura. Foram 19.300 usuários em fevereiro e 100 pacientes a mais no mês passado.

De acordo com o biomédico, Samuel Arruda, os postos de saúde, por serem a porta de entrada do sistema de saúde, acabam sendo o local de maior buscar de pacientes quando estes apresentam algum sintoma de gripe mais leve.

“As pessoas estão muito preocupadas. Muito sensibilizadas. Então, quando os pacientes estão com dor de garganta aí pensam: estou com sintoma leve. Aí vai procurar uma UPA que é o local para um atendimento mais especializado ou para um hospital. Ou vai para um posto de saúde. Então, muita gente está preocupada. Com um mínimo sintoma respiratório mais leve ela já procura atendimento. E como a gente tem como porta de entrada do sistema de saúde os postos de saúde então a primeira via que essa pessoa procura quando ela está com sintoma mais leve não são a UPA, mas sim um posto de saúde”, explica o especialista.

Segundo a diretora de gestão e atendimento hospitalar (UPAs/ISGH), Camila Alves Machado, os profissionais da saúde percebem nos últimos dias que o perfil de paciente com sintomas da Covid-19 ou gripe mudou. O jovem está procurando mais as unidades de saúde.

“Percebemos tanto a redução da idade do paciente a doença não é mais acometida aos pacientes idosos. Mas, sim numa faixa etária mais jovem. Outra coisa que a gente percebe é que o paciente vai buscar emergência mais rápida. Ele não fica em casa aguardando uma insuficiência respiratória para buscar essa emergência”.

Postos de saúde e UPAs têm perfis de atendimento diferentes para pacientes com síndromes gripais. Segundo a Secretaria da Saúde de Fortaleza quem apresentar sintomas leves como coriza, dor de cabeça pode procurar um dos 116 postos da capital. Já nos casos de média complexidade a recomendação é que os usuários as Upas municipais ou estaduais.

O Posto de Saúde Dom Aloísio Lorscheider, no Bairro Itaperi, amanheceu lotada nesta quarta-feira (7). O aposentado Nivaldo Maia trouxe a mãe para ser consultada. Segundo ele, a mãe reclamou que sentia falta de ar.

“Ela nestes últimos dias se sentiu sem ar. Nada de febre. Mas, mesmo assim resolvi levar ela aqui [posto de saúde]”, disse.

G1 CE