Maior chuva em 60 anos prende passageiros em metrô e mata 16, na China

Por Paulo Sergio 21/07/2021 - 10:28 hs
Foto: Weibo/reprodução
Maior chuva em 60 anos prende passageiros em metrô e mata 16, na China
Passageiros do metrô de Zhengzhou ficaram presos enquanto a água inundava os túneis

O Corpo de Bombeiros local atuou na reanimação de dezenas de afogados e protagonizaram resgates chocantes de quem era arrastado pela força das águas nas ruas.

Autoridades agora trabalham com a possibilidade de rompimento da represa Yihetan, em Luoyang, também na região. Ela foi danificada em tempestades anteriores e está com uma "falha" de cerca de 20 metros. De acordo com a BBC, o exército local trabalha com o aviso de colapso a qualquer momento.

Além dos estragos das chuvas, a população está tendo que lidar com a falta de energia elétrica, que atinge até mesmo hospitais. De acordo com a Al-Jazeera, a companhia de energia elétrica estadual de Zhengzhou decidiu cortar o suprimento, dado o perigo trazido pelas inundações.

A previsão do tempo indica que as chuvas devem continuar fortes na região por pelo menos mais 24h.

rua inundada China - REUTERS - REUTERS
Pessoas atravessam rua inundada em meio a fortes chuvas em Zhengzhou, província                                                                                           de Henan, na China Imagem: REUTERS

Barragem em perigo

As atenções também estão voltadas para uma fenda de 20 metros aberta no muro da barragem de Yihetan, em Luoyang, uma cidade de sete milhões de habitantes, na região de Henan, que "pode romper a qualquer momento", advertiu o exército.

Os militares pretendem organizar uma operação de emergência que inclui dinamitar e desviar as cheias para evitar uma catástrofe.

As chuvas sazonais provocam grandes inundações a cada ano na China. Mas a ameaça aumentou nos últimos anos, devido à construção de barragens ou desvios do leito dos rios que muitas vezes cortam as conexões existentes entre os rios e lagos adjacentes.

No ano passado, inundações sem precedentes no sudoeste do país afetaram estradas e obrigaram dezenas de milhares de habitantes a procurar áreas seguras.

 -  AFP