Comprimido contra Covid da Merck: o que se sabe sobre o medicamento em desenvolvimento pela farmacêutica

Por G1 01/10/2021 - 11:01 hs
Foto: Merck & Co.via AP
Comprimido contra Covid da Merck: o que se sabe sobre o medicamento em desenvolvimento pela farmacêutica
Imagem não datada mostra comprimido do molnupiravir, da Merck, que teve resultados promissores

A farmacêutica Merck anunciou, nesta sexta-feira (1º), que seu remédio experimental contra a Covid-19, o molnupiravir, reduziu as hospitalizações e mortes em pessoas no início da infecção com o coronavírus. O medicamento ainda não está à venda.

Como o remédio age?

Quais são os resultados até agora?

Há efeitos colaterais?

Ele já foi liberado para uso?

Será vendido em farmácias?

Ele funciona em pacientes graves?

Qual a capacidade de produção da empresa?

Quanto vai custar?

O comprimido age interferindo com uma enzima que o coronavírus usa para copiar seu código genético e se reproduzir. Ele mostrou atividade semelhante contra outros vírus.

O estudo da Merck acompanhou 775 adultos com Covid-19 leve a moderada e que foram considerados de maior risco para desenvolver um quadro grave da doença, devido a problemas de saúde como obesidade, diabetes ou doenças cardíacas.

Pacientes que receberam o molnupiravir em até 5 dias após o início dos sintomas da Covid tiveram cerca de metade da taxa de hospitalização e morte em relação aos pacientes que receberam um comprimido inativo.

Entre os pacientes que receberam o molnupiravir, 7,3% foram hospitalizados ou morreram no período de 30 dias depois da administração do medicamento. Depois desses 30 dias, não houve mortes nesse grupo.

Entre os que não receberam o molnupiravir, 14,1% foram hospitalizados ou morreram nos primeiros 30 dias dos testes. Depois desse período, 8 pessoas morreram, de acordo com a Merck.

A Merck planejava inscrever mais de 1,5 mil pacientes na fase final dos testes antes de o conselho independente interrompê-lo, por causa dos resultados positivos.

A empresa não especificou quais, mas disse que efeitos colaterais foram relatados por ambos os grupos no estudo. Eles foram ligeiramente mais comuns no grupo que recebeu o comprimido inativo (e não o do remédio).

Os medicamentos aprovados nos EUA para a Covid – o antiviral remdesivir e outros três tratamentos com anticorpos monoclonais – têm que ser administrados por via intravenosa ou injeção em hospitais ou clínicas.

Várias outras empresas, incluindo Pfizer e Roche, estão estudando medicamentos semelhantes que podem apresentar resultados nas próximas semanas e meses.