Bolsonaro vai faltar a depoimento da PF e recorrer ao plenário do STF

Por Igor Gadelha 28/01/2022 - 14:44 hs
Foto: Fábio Vieira/Metrópoles
Bolsonaro vai faltar a depoimento da PF e recorrer ao plenário do STF
O presidente Jair Bolsonaro (PL), acompanhado pelo filho Flávio Bolsonaro, na cidade de Eldorado

O presidente decidiu faltar ao depoimento à Polícia Federal que deveria prestar presencialmente às 14 horas desta sexta-feira (28/1), por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes.

A decisão foi tomada pelo presidente após uma série de reuniões com seus ministros da Advocacia-Geral da União (AGU), Bruno Bianco, e da Justiça, Anderson Torres.

Segundo apurou a coluna, a AGU vai ingressar, nas próximas horas, com um recurso ao plenário do Supremo argumentando que, por ser investigado no inquérito, Bolsonaro não seria obrigado a comparecer.

Na imagem colorida, um homem está centralizado. Ele usa terno e gravata escura e camisa branca
Na imagem colorida, um homem está centralizado. Ele usa terno escuro e camisa branca
Na imagem colorida, o rosto de jair Bolsonaro está centralizado
Na imagem colorida, há varias pessoas em cima de um palanque. Eles usam roupas com a cor da bandeira do Brasil
Na imagem colorida, um homem está centralizado. Ele usa terno e gravata escura e camisa branca
Na imagem colorida, um homem está centralizado. Ele usa terno escuro e camisa branca
Na imagem colorida, um homem está centralizado. Ele usa terno e gravata escura e camisa branca
Na imagem colorida, há pessoas sentadas em cadeira de uma das salas do STF
Na imagem colorida, um homem está centralizado. Ele usa terno e gravata escura e camisa branca

No recurso, a AGU deve citar julgamento do STF de 2018, quando a maioria dos ministros decidiu que a condução coercitiva é inconstitucional e fere o direito do investigado de ficar em silêncio e não produzir provas contra si.

O recurso de Bolsonaro, no entanto, só deve ser julgado pelo plenário do Supremo na próxima semana, quando a Corte retomará as atividades após o recesso de final de ano.

Moraes havia ordenado que Bolsonaro ser ouvido presencialmente no âmbito do inquérito que apura vazamento de documentos sigilos de investigação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre ataque hacker às urnas.

O despacho do ministro se deu em resposta a um pedido feito pela AGU nesta semana, para que o presidente da República não tivesse que comparecer o depoimento, cujo prazo venceria nesta sexta.

Em sua decisão, porém, Moraes sustenta que o presidente tem direito a ficar em silêncio, mas não pode se recusar a depor. Argumentou ainda que Bolsonaro já tinha concordado em prestar o depoimento.