Autópsias revelam crianças mortas de fome e asfixia em culto queniano
Os corpos exumados de várias crianças no leste do Quênia mostraram sinais de fome e, em alguns casos, asfixia, disse um patologista do governo nesta segunda-feira, à medida que os investigadores iniciam as primeiras autópsias em mais de 100 pessoas ligadas a um culto.
Nesta segunda-feira, os investigadores disseram ter concluído 10 autópsias, incluindo nove crianças com idades entre 18 meses e 10 anos, e uma adulta do sexo feminino, dos 101 corpos descobertos no mês passado em covas rasas na Floresta Shakahola, condado de Kilifi.
Outro pastor é acusado de 'assassinato em massa de seus fiéis' no Quênia
As autoridades dizem que os mortos eram seguidores da Igreja Internacional das Boas Novas, liderada pelo pastor Paul Mackenzie, a quem acusam de instruir os fiéis a morrer de fome para serem os primeiros a ir para o céu antes do fim do mundo.
Oito membros do culto que foram encontrados extenuados na floresta morreram depois. Até o momento, 44 pessoas foram resgatadas.
Mackenzie está sob custódia da polícia desde 14 de abril, juntamente com outros 14 supostos membros do culto.
"Em geral, a maioria delas apresentava características de fome. Vimos características de pessoas que não haviam comido. Não havia comida no estômago", disse o patologista-chefe do governo, Johansen Oduor, a repórteres.
Duas apresentavam sinais de asfixia, acrescentou.
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