Servidores públicos de Juazeiro do Norte aprovam deflagração de greve geral

Por Paulo Junior 29/02/2024 - 15:23 hs
Foto: Reprodução
Servidores públicos de Juazeiro do Norte aprovam deflagração de greve geral
Servidores públicos de Juazeiro do Norte aprovam deflagração de greve geral

Em Assembleia geral realizada no final da manhã desta quinta-feira (29), o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Juazeiro do Norte (Sisemjun) aprovou a deflagração de greve geral do funcionalismo público da cidade. De acordo com o sindicato, a ação faz parte da campanha salarial 2024, a fim de conseguir junto ao governo municipal percentual de incremento acima daqueles hoje pontuados pela administração.

A reunião, que ocorreu na praça dos Ourives, reuniu grande número de servidores, já que para esta data a entidade de classe também já havia convocado um ato de paralisação. Indica-se que a aprovação da deflagração de greve vem um dia após o sindicato, e a gestão do prefeito Glêdson Bezerra (Podemos), terão se reunido para debater os percentuais de recomposição salarial para o período 2024.

Pontua-se que, durante a assembleia, ficou estabelecido que a partir deste momento haverá o início dos trâmites burocráticos necessários ao começo efetivo da paralisação. Segundo a legislação, o sindicato precisa comunicar oficialmente ao poder executivo sobre a definição, já o começo concreto da greve somente pode ocorrer 72 horas após a comprovação de tal notificação.

No final do ato da entidade de classe ficou pactuado que o indicativo é que a greve tenha seu começo no próximo dia 8 de março, para tal será organizado um ato na Praça Dirceu de Figueiredo, local que abriga o prédio sede do executivo municipal.

Pontua-se que na reunião realizada ontem (28) o município apresentou como proposta de reajuste os seguintes percentuais: 3,62% para o magistério e 4,62% para os demais servidores, funcionários que ganham um salário mínimo não teriam incremento adicional. Destaca-se que o sindicato negou a proposta e argumenta pelos seguintes valores: 7,65% para o magistério e 12% os demais profissionais.

Evidencia-se que a gestão encabeçada pelo prefeito Glêdson Bezerra vem alegando impossibilidade de conceder recomposições acima das que foram ofertadas. Segundo a administração, o município precisa prezar pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) que define um limite para gasto com pessoal. Dados divulgados pelo governo dão conta que hoje esse gasto representa 53,78% da arrecadação municipal, e o limite é 54%.

Apesar do processo de deflagração de greve, a perspectiva é que novas reuniões entre as partes sejam realizadas ao longo dos próximos dias, a fim de encontrar termos salutares aos campos em atuação.