Ceará peca por displicência e ritmo de jogo contra o Frei Paulistano/SE

Por Paulo Sergio 26/01/2020 - 23:33 hs

O Ceará pecou pela displicência e falta de ritmo no empate em 2 a 2 com o Frei Paulistano/SE, domingo (26), pela estreia na Copa do Nordeste e na temporada. O saldo final é de frustração, sentimento atenuado por um Presidente Vargas (PV) vazio - ainda resquícios da punição em 2019.

Elementos que delimitam a grandeza e o favoritismo em campo, independente de ser ou não começo de ano. A expectativa cresce quando, em 20 minutos, o time constrói um 2 a 0 no placar com infinita superioridade técnica e tática, sem esforço.

Foi assim que uma triangulação terminou no gol de Felipe Baxola ou quando a bola sobrou nos pés de Vinícius, o melhor reforço na partida. Só que se manter competitivo exige concentração, principalmente quando o rival é inerte, inofensivo e estreante na competição.

Então o que parecia ser um esboço de um começo triunfal virou tropeço. Uma atrás da outra, o plantel alvinegro desperdiçava a chance de ampliar: seja com tentativas de gol de cobertura, atleta fintando três marcadores e até mesmo o goleiro rival. O ritmo volumoso ficou ameno, as linhas não sufocavam e a ausência de jogos oficiais passou a pesar.

Que dirá Fernando Prass, vítima da apatia coletivo e exposto as artimanhas sergipanas que quase o surpreenderam no 1º tempo - foram freados com brilhantes defesas do arqueiro de 41 anos. A sorte não tem valência precisa no futebol, um esporte que sempre prima pela competência.

Característica que sobrou ao Frei Paulistano no retorno do intervalo. Letal, o time insistiu no ponto falho alvinegro - bola aérea - e assim alcançou o empate e o perigo. No fim, o entrave foi técnico. Sem força, o Vovô dependeu de Rick e Leandro Carvalho para desempatar: não logrou êxito.

O ambiente ainda é de estudo em Porangabuçu, paciência. Mas aos que concedem tempo ao tempo, lembre que a torcida alvinegra anseia por resultados desde o início de 2019. A pressão pode ser tardia, mas virá independente do mínimo resultado. É vencer para respirar.