Ronaldinho e irmão admitem delito, mas se livram de acusação de promotoria

Por Paulo Sergio 06/03/2020 - 06:44 hs

O Ministério Público do Paraguai não vai acusar Ronaldinho Gaúcho e seu irmão, Roberto de Assis, pelo uso de passaportes falsos, de acordo com informação publicada pelo jornal ABC Color na noite desta quinta-feira (5).

De acordo com a Promotoria, os brasileiros admitiram o erro e ficaram livres do processo. O MP considerou que ambos "foram enganados em sua boa fé" e acabaram beneficiados pelo "critério de oportunidade", item do Código Penal paraguaio usado quando os suspeitos admitem delito e não tem antecedentes criminais.

"O senhor Ronaldo Assis Moreira, mais conhecido como Ronaldinho, aportou vários dados relevantes para a investigação e atendendo a isso, foram beneficiados com uma saída processual que estará a cargo do Juizado Penal de Garantias", afirmou o promotor Frederico Delfino.

O Ministério Público, no entanto, deixou claro que a decisão final será de um juiz e acusou outras três pessoas. Além do empresário Wilmondes, apontado pelos advogados de Ronaldinho como responsável pelos passaportes falsos e que teve pedido de prisão preventiva por parte da Promotoria, e María Isabel Galloso e Esperanza Apolônia Caballero, donas das cédulas de identidade que foram adulteradas para Ronaldinho e Assis.

Em seu depoimento à Promotoria, Wilmondes permaneceu calado a todo instante.

Na quarta (4), por volta das 21h, integrantes da Polícia Nacional, do Ministério do Interior e do Ministério Público foram até a suíte onde Ronaldinho e seu irmão Assis estavam hospedados, no hotel Yacht y Golf Club, em Lambaré, nas proximidades de Assunção.

Lá, afirmaram ter encontrado passaportes e cédulas de identidade paraguaias falsas nos nomes de Ronaldinho e Assis.

Eles permaneceram a noite no hotel, sob custódia, e foram à sede da Promotoria contra o Crime Organizado para depor na manhã desta quinta-feira. Os documentos foram apreendidos, assim como celulares.

De acordo com o promotor Frederico Delfino, o passaporte foi expedido em janeiro deste ano, e as cédulas de identidade, em dezembro do ano passado.