Vídeo mostra técnica em enfermagem saindo de maternidade com bebê em saco de lixo, diz polícia

Por Paulo Sergio 08/06/2019 - 07:30 hs

A Polícia Civil indiciou a técnica em enfermagem Elenita Aparecida Lucas Correa e três familiares por levar ilegalmente um bebê abandonado de uma maternidade em Goiânia. Segundo o delegado Wellington Lemos, a técnica vai responder pelo crime de subtração de incapaz e por colocar a vida do bebê em risco, já que saiu com ele escondido dentro de um saco de lixo. Ela ainda transportou o recém-nascido no baú de uma moto por 50 km até a casa de parentes.


O delegado informou ainda que os envolvidos não premeditaram o crime, mas agiram de maneira coordenada para ficar com o menino em um lar substituto. A reportagem tenta contato com a defesa de Elenita. O advogado Carlos Márcio Rissi Macedo, que representa a prima da técnica em enfermagem e o marido, disse "respeitar a conclusão da Polícia Civil", mas discordar. "Aguardamos com tranquilidade a posição que o Ministério Público adotará à partir das investigações realizadas", declarou.

A defesa da tia da técnica em enfermagem afirmou que provará sua inocência durante a instrução processual e que "nunca compactuou com subtração de menor". "Foi presa e incriminada por um fato que não cometeu, vai provar sua inocência", afirmou a advogada Flávia Maria de Oliveira.

Os quatro chegaram a ser presos. Na audiência de custódia, apenas Elenita teve a prisão mantida pela juíza Placidina Pires. A defesa disse na sessão que ela quis apenas ajudar o bebê e a prima. As defesas dos outros investigados disseram que eles não sabiam da ação da funcionária da maternidade. Todos respondem por subtração de incapaz.

O delegado apontou também que não houve qualquer oferta de dinheiro ou alguma vantagem para que o bebê fosse retirado do hospital. “A Elenita agiu sem pensar e queria presentear a prima, que perdeu um bebê durante uma gestação há pouco tempo”, completou.

A mãe do bebê também foi ouvida pela polícia e disse que deixou o filho para adoção porque não tinha condições financeiras de criá-lo, segundo o delegado Wellington Lemos. A mulher não vai responder por nenhum crime.

G1