'Lembra de mim?': PM atira à queima-roupa e mata colega em bar no RJ
Um policial militar identificado como Jonas Barreto Santos foi preso em flagrante após atirar e matar um colega de farda em um bar, no interior de um condomínio em Irajá, na zona norte do Rio de Janeiro. O crime ocorreu na noite de terça-feira (14), na frente da mulher e do filho de três anos da vítima. Uma câmera de segurança do estabelecimento flagrou a ação.
Nas imagens é possível ver que Jonas chega ao local e efetua um disparo no peito contra o sargento Sandro Rocha que era lotado no 41º Batalhão (Irajá). A esposa da vítima, Juliana Silva, disse que o tiro foi para matar.
Estávamos sentados no bar, esse rapaz passou, olhou para o Sandro e disse: 'Lembra de mim?' E deu um tiro no peito do Sandro na frente do meu filho de três anos. Ele deu para matar, a queima-roupa. Juliana Silva, ao UOL
O cabo Jonas, autor do disparo, trabalhava no Batalhão de Policiamento de Vias Expressas (BPVE). Ele foi preso na mesma noite e levado para a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que investiga o caso. Ontem, foi transferido para o Batalhão Especial Prisional da PM, em Niterói (RJ).
Procurada, a PM informou que o policial "foi preso pelos agentes do 41º BPM e o caso foi encaminhado para a Corregedoria da Polícia Militar".
Já a DHC informou que o policial foi autuado em flagrante por homicídio.
"A perícia foi feita no local e diligências estão em andamento para esclarecer a motivação do crime", informou a delegacia, em nota.
Briga antiga
A família da vítima esteve na manhã de hoje no IML (Instituto Médico Legal) para a liberação do corpo. A esposa da vítima afirmou que o marido e o outro policial tiveram há 3 anos um desentendimento envolvendo o cachorro que pertencia à família do autor dos disparos.
"Quando meu filho ainda era bebezinho, a Rafaela - mãe, esposa, filha, não sei - , desse rapaz, deixou o cachorro solto e ele avançou em mim e no meu filho. Ele [Sandro] botou o pé para nos proteger e ela, alterada, xingou ele de todas as formas, nisso o filho deles chamou o pai que veio correndo querendo agressão e eu me meti no meio dos dois", contou Juliana.
Depois desse episódio, segundo Juliana, as famílias já se encontraram diversas vezes, sem terem novas ocorrências antes do assassinato do marido.
O UOL busca a defesa do policial preso em flagrante. O processo ainda não consta no sistema do Tribunal de Justiça do Rio. O espaço será atualizado assim que a defesa se manifestar.
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