A expectativa é grande. Moradores de Lavras da Mangabeira e de toda a região centro-sul do Ceará e cariri aguardam, há mais de um ano, o início das obras de construção do campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) no município. Apesar da ordem de serviço ter sido assinada em outubro de 2024 pelo próprio Presidente Lula, pelo Ministro da Educação Camilo Santana dentre outras autoridades, os trabalhos ainda não começaram, gerando questionamentos da população: “O que está faltando?”

A assinatura da ordem de serviço ocorreu de forma simultânea para seis novos campi do IFCE no estado, totalizando um investimento de R$ 150 milhões, sendo R$ 25 milhões destinados a cada unidade, inclusive à de Lavras da Mangabeira. O recurso contempla não apenas a construção, mas também a aquisição de equipamentos.

Segundo informações do próprio IFCE, a área para implantação do campus lavrense já foi definida, após visita técnica da equipe de gestão da instituição. O terreno foi doado pela Prefeitura de Lavras da Mangabeira, que colaborou diretamente no processo de escolha e adequação da área.

A demora no início das obras tem gerado frustração e apreensão. Para muitos lavrenses, a chegada do IFCE representa uma virada histórica no acesso à educação técnica e superior de qualidade, além de ser um impulsionador do desenvolvimento econômico e social da cidade e do entorno.

“É um sonho antigo. A juventude de Lavras e da região quer estudar, se qualificar, ter mais oportunidades. Já esperamos demais, e o tempo está passando”, comentou um morador.

O silêncio sobre os próximos passos do cronograma preocupa. Até o momento, nenhuma justificativa oficial foi apresentada pelo Ministério da Educação (MEC) ou pelo próprio IFCE sobre a paralisação do processo.

Deputado Eunício Oliveira e o Ministro da Educação Camilo Santana

Falta de avanço nas obras tem gerado cobranças diretas da população ao deputado Eunício Oliveira (MDB), que esteve lado a lado com o ministro durante o anúncio oficial.

“Foi ao lado do ministro que ele prometeu. A população aplaudiu, acreditou. Agora a gente quer saber: onde está o compromisso assumido?”, questiona um professor da rede municipal.

A falta de respostas concretas do Ministério da Educação e da bancada federal cearense alimenta o clima de decepção entre jovens estudantes e famílias que depositaram esperança na chegada de uma instituição federal de ensino técnico e superior na cidade.

“Todo mundo comemorou. Era o futuro batendo à porta. Mas agora a gente se pergunta se foi só promessa de palanque”, lamenta uma mãe de estudante.

A comunidade e as lideranças locais agora cobram transparência, agilidade e respeito ao compromisso assumido publicamente com Lavras da Mangabeira. A esperança permanece viva, mas exige respostas concretas.